Último Imperador do Velho Império e principal causador da Reforma Política no ano de 1072, embora sua participação nesse fato tenha sido como antagonista.
Sofreu um acidente quando ainda era criança e tal fato deformou completamente seu rosto, para aliviar a dor e poder andar livremente pelas ruas, uma máscara foi feita. Suas propriedades mágicas podiam anestesiar, mesmo que levemente, o sofrimento de Akarman, que sofreu com a dor até o fim de sua vida.
Filho mais novo e último na linhagem do trono, sedento pelo poder matou todos os seus irmãos, das formas mais brutais e cruéis possíveis. Os registros antigos contam que ele tinha um prazer especial em torturar suas vítimas, matando-as de forma lenta e dolorosa, fazendo joguinhos psicológicos, apenas pelo prazer de ver a resignação e o pavor da morte que logo chegaria àquelas pobres almas.
Seu fascínio pelos Livros Apócrifos infelizmente o levaram por um mal caminho. Conta-se que foi na extinta e destruída Biblioteca de Riefre que Akarman ouviu pela primeira vez o chamado de Kafar para servi-lo. Atraído pela oferta de poder, glória e sucesso, o jovem garoto acabou cedendo a tentação, sucumbindo e entregando-se ao poder do deus morto.
Após assumir o trono no ano de 803, houve um grande ritual onde Akarman e Kafar passaram a compartilhar do mesmo corpo. O deus, embora estivesse mais fraco, havia finalmente conseguido saído do Hellol pela primeira vez em milênios. Este fato trouxe uma era negra de pavor e pânico em Cronon pelos próximos 250 anos seguintes. Período conhecido como Era das Trevas e marcado pelo domínio total de Kafar e seus demônios. Um período onde o mundo afundou na mais profunda obscuridade e onde Kafar quase conseguiu libertar a si e aos outros dois deuses do Hellol.
Felizmente após intensas guerras, grandes batalhas e mortes, o império de Akarman chegou ao fim. O mundo estava em frangalhos. Sem grandes heróis. Recursos mágicos escassos. Cidades quase reduzidas ao puro pó. E quase todo o conhecimento no mundo adquirido até agora, havia se perdido. O mundo geopolítico estava separado, e a maioria dos condados que se formaram durante esse período, preferiram manter sua independência, longe da ordem do Velho Império. Não demorou para que o sistema antigo ruísse, e pouco a pouco as nações começavam a agir por conta própria, sem seguir as ordens de um Reino Central.
Akarman III foi morto e após ter seu corpo purificado, esquartejado e queimado, sua essência e espírito foram eliminados através de magia, tornando impossível trazê-lo a vida pelos meios até então conhecidos (nem mesmo através de Desejo). Sua biblioteca, seus Livros Apócrifos, rituais e grimório, foram todos destruídos/queimados, e os únicos que conheciam seu conteúdo já morreram séculos atrás.
Um pedaço negro da história de Cronon, que todos tentam esquecer. Felizmente, os anos se passaram e as feridas cicatrizaram, mas essa é uma grande lição de que não se deve manter a guarda baixa. Os deuses mortos existem, e farão de tudo para voltarem ao trono.